O ministro Paulo Pimenta deixará o comando da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo Lula, sendo substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira, responsável pela estratégia de campanha do presidente em 2022. A decisão foi oficializada após reunião nesta terça-feira (7), no Palácio do Planalto.
Paulo Pimenta, que sairá de férias nesta quinta-feira (9), afirmou que a transição para Sidônio já está em andamento e destacou que a troca de comando busca um perfil mais alinhado aos novos objetivos do governo na área de comunicação. "O presidente quer à frente da Secom uma pessoa com o perfil diferente do que eu tenho. Vamos fazer a caminhada conjunta até a semana que vem", declarou Pimenta.
Sidônio Palmeira, em sua estreia em um cargo de governo, reconheceu a responsabilidade do desafio. "Essa é a minha primeira vez em governo. É uma experiência nova, interessante", afirmou. Segundo ele, o principal objetivo será alinhar a gestão, a percepção popular e as expectativas com o governo. "É importante que a gestão não seja analógica. Nosso papel é mostrar o que foi feito", disse.
A saída de Pimenta já era cogitada desde o fim de 2023, especialmente após o presidente Lula expressar insatisfação com a comunicação do governo. O presidente tem criticado publicamente a dificuldade de transmitir os feitos de sua gestão à população.
Para Lula, os resultados do governo não têm sido devidamente percebidos, frustrando sua expectativa de que o segundo ano do mandato mostrasse avanços mais claros. Essa insatisfação ficou ainda mais evidente em pesquisas recentes, que apontam que 41% da população avalia de forma negativa a gestão atual.
A troca na Secom deve ser um prenúncio de uma reforma ministerial mais ampla, já ventilada em ocasiões anteriores. A mudança ocorre em um momento estratégico, com Lula buscando maior conexão com a opinião pública e melhores resultados em comunicação para consolidar os avanços de seu governo.
Sidônio Palmeira assume a pasta com a missão de transformar a comunicação governamental e aproximar a percepção popular das realizações do governo. "É um segundo tempo que estamos começando. É como se fosse uma corrida de baliza. Já estou pegando [a pasta], tem um avanço, uma evolução que vamos levar para frente", concluiu Sidônio.